Investimentos
16/05/2023
De: Sergio Leão, planejador financeiro CFP® e consultor de investimentos CVM
Será que investir pode te deixar realmente rico?
Antes de começarmos, é importante definir riqueza.
E para isso, gostaria de fazer uma provocação:
O que é ser rico, para você?
Para mim, ser rico é poder ter liberdade. Liberdade financeira, liberdade geográfica etc.
- É poder entrar num restaurante sem precisar me preocupar sobre o preço;
- É poder viajar e trabalhar de qualquer lugar que eu estiver;
- É poder tirar uns dias e aproveitar a família, os amigos etc.
Mas para conseguir fazer essas coisas é preciso ter dinheiro e, na maior parte das vezes, também ter tempo. Porém, diferente do que muita gente imagina, é possível comprar tempo.
Sim, é possível, mas só existe uma forma de o fazermos: investindo.
Você pode estar se perguntando: “Mas Sergio, como assim? Como comprar tempo através dos investimentos?”
E a resposta é simples. Investir vai fazer o seu patrimônio crescer, até que em um determinando momento, o crescimento será maior do que o seu ganho por hora, eventualmente por semana, até que ultrapasse a barreira do mês.
Se seu investimento te paga o equivalente a uma hora de trabalho, você acabou de comprar uma hora para usar com qualquer outra coisa que goste.
Mas isso não significa que o caminho é simples ou fácil. Afinal, se fosse tão simples, dificilmente eu estaria escrevendo isso agora. E a maior parte do mundo trabalharia por um curto momento, e viveria uma vida de turista a partir daí.
O caminho, apesar de lógico, é trabalhoso.
Investir demanda tempo, seja para fazer e manter uma boa seleção de ativos; seja para ver o seu patrimônio crescer de forma consistente.
Desculpe parecer sempre ser do contra, mas o motivo pelo qual a maioria desiste no meio do processo é que ninguém quer ficar rico no longo prazo. O ser humano é extremamente imediatista. Isso não é um problema (apenas) seu.
E se investir leva tempo, você pode imaginar que quanto mais tempo tivermos, mais leve fica essa trajetória e antes alcançamos o nosso objetivo, certo?
E isso é a mais pura verdade. A variável tempo nesse processo é extremamente importante, e quanto antes começamos a nos preocupar, menos esforço financeiro (e por consequência, físico) precisamos fazer.
Ao colocar o dinheiro para trabalhar em conjunto conosco, ganhamos um grande aliado. Ele pode até parecer estar fazendo corpo-mole no começo, mas ele é justo: trabalha com a mesma intensidade, estando você começando e tendo pouco dinheiro ou em um cenário mais consolidado e tendo já um bom valor estabelecido.
Você percebeu que até agora não falei nada sobre quais ativos selecionar, certo?
Apesar de ser importante, essa seleção não é nem a primeira, nem a segunda prioridade que você deveria ter.
A maior prioridade que você tem que ter é viver um degrau abaixo. Isso significa dizer que você precisa conseguir guardar dinheiro todos os meses;
Sua segunda prioridade é começar o quanto antes. Não importa se você tem pouco, o importante é começar. Para chegar no muito, precisa passar pelo pouco.
Só aqui, na terceira prioridade é que temos a seleção de ativos. E essa seleção, quando feita de forma fiduciária, trabalha para você e não contra você inserindo ativos duvidosos (por exemplo, COE’s) em sua carteira.
A receita é simples, mas não deixa de ser árdua.
Eu imagino que você queira se tornar rico, com base em sua visão de riqueza.
A dúvida que fica é: você está agindo de acordo?