Investimentos

Você se relaciona direito com seu dinheiro?  

Sejam bem-vindos à News de abril sobre Investimentos! E esse mês falaremos um pouco mais sobre o seu relacionamento com o dinheiro, bem como uma contextualização sobre o que aconteceu no último mês. Vamos nessa?  

O mês de março desse ano foi um divisor de águas no mercado mundial:  

• Inflação descontrolada  
• Bancos quebrando 
• Juros alto 
• Investidores em pânico  

Mas como isso impacta sua vida? E como deveria impactar, se você fizer o correto?  

O assunto mais falado nos 31 dias em que vivemos o caos de março foi sobre a ineficiência das bolsas mundiais frente aos reflexos de uma recessão, causada pela pandemia do Covid-19 desde março/20.  

Nesse momento, muitos investidores têm corrido das exposições de Renda Variável, seguindo o famoso efeito manada, mas principalmente, orientado pela maior parte dos profissionais de mercado que se beneficiam de giros de carteira e vendas de produtos.  

Você deve conhecer algum amigo que tenha comentado sobre esse movimento, certo? Mas já pensou para quem isso é melhor: para o investidor ou para o representante da instituição?  

É nesse momento que a falta de relacionamento com seu dinheiro pode te fazer tomar decisões puramente emocionais e tirar você dos eixos em direção aos seus sonhos.  

Quando falamos de relacionamento, usamos o sentido literal: uma relação de troca, de contato e de sincronia.   

Relacionar-se mal com seu dinheiro trará dois grandes prejuízos: o primeiro, é o prejuízo de dinheiro; o segundo, ainda mais nocivo, é o prejuízo de tempo.  

M = C x (1+i)^t  

Na fórmula de cálculo de Montante Final, temos como variáveis o Capital inicial, a Taxa de juros encontrada e o tempo, sendo o último, a única variável exponencial.  

Na prática significa que seu impacto é potencializado, e quanto maior ele for, menor será a necessidade de empregar seu esforço financeiro ao longo do tempo.  

E para ilustrar a primeira (e uma das melhores) histórias que mostram isso na prática.  

David Swenssen foi alocador da Universidade de Yale e criou o Método Yale de alocação, que combinava a tão importante Asset Allocation e uma seleção de ativos impecável;  

Em suas seleções, considerou ser de extrema importância o investir de forma anticíclica, ou seja, comprava os ativos com mais peso nos momentos em que eles estavam em queda ou com baixa performance, assim, conseguia comprar bons ativos pagando menos, apesar de, durante um tempo, a carteira performar de forma média.  

O resultado positivo dessa estratégia no longo prazo se dava principalmente pelo fato do upside desses ativos em cenários de recuperação econômica.  

Seus feitos foram notórios, alcançando uma média de 12,4% a.a. de retorno num intervalo de praticamente 30 anos.  

Mas apesar de David ter sido um profissional fora da curva, você também pode criar essas mesmas características:  

• Paciência → Investir é plantar para colher no futuro. Quando se está com fome, não se planta, se come. Não misture as suas necessidades. 
  
•  Resiliência → O mercado vai oscilar (às vezes muito, como hoje) e ainda sim haverá recuperação e crescimento, então, resistir ao caos tende a trazer excelentes resultados. 
  
•  Consistência → Uma das melhores características de um investidor de sucesso é a consistência de aportes, sejam eles mensais ou trimestrais, esses aportes são trazem as maiores contribuições de performance para sua carteira, uma vez que boa parte dos rebalanceamento serão feitos com esse “dinheiro novo”. 
  
• Humildade → Por melhor que você seja, e mesmo que viva do mercado 24 horas por dia, o mercado é soberano. Entender que os preços sempre seguirão os resultados, e que é possível nos mantermos nos planos e aportar com consistência traz uma tranquilidade e uma sensação de dever cumprido que resultará em excelentes frutos.  

E por aí, como anda seu relacionamento com o dinheiro?   

Suas atitudes são condizentes com o que você deseja alcançar ou você continua acreditando que haverá um milagre futuro e te conduzirá à salvação financeira?  

Pense nisso!  

Nos vemos no próximo mês.