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Como acompanhar meus investimentos?

Tempo de leitura: 6 minutos

Todos já sabemos que o mercado financeiro é extremamente dinâmico e que isso pode alterar todo o seu planejamento, mas como garantir que suas estratégias continuem coerentes com seus objetivos e necessidades no meio de todas as mudanças?

Escrevemos este artigo para explicar melhor como tudo isso funciona e para facilitar ainda mais, deixamos algumas dicas e insights para que você tenha certeza de que está no caminho certo!

Como montar uma carteira de investimentos diversificada e alinhada aos seus objetivos?

Já ouviu o ditado “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”? Pois bem, ele cabe perfeitamente para exemplificar uma carteira diversificada. Ao dividir os ovos em vários tipos de cestas, ou seja, escolher diferentes tipos de ativos, conseguimos criar uma não-correlação entre eles. Logo, ao ocorrer uma mudança no mercado, alguns ativos podem ser atingidos de maneira negativa enquanto outros reagirão de forma positiva, diminuindo assim o risco da sua carteira como um todo ficar negativa.

Para montar uma carteira diversificada é preciso que se tenha ativos de diferentes classes, como ações, fundos imobiliários, renda fixa, fundos de investimento e investimentos internacionais. Essas classes são afetadas de forma diferente pelos movimentos do mercado, o que evita com que todas as suas classes de ativo da carteira desvalorizem simultaneamente. No entanto, é essencial conhecer o seu perfil de investidor para antes determinar a proporção de cada um desses ativos nesta diversificação.

Carteiras conservadoras tendem a ser mais estáveis por priorizarem investimentos de renda fixa, que no geral são mais conservadores do que os de renda variável. Já para carteiras moderadas e agressivas, procura-se buscar a estabilidade a partir de ativos que se equilibram, como mesclar ações de empresas brasileiras com ativos dolarizados.

Outro aspecto importante é entender os seus objetivos. Um investimento nunca deve ser escolhido tendo em vista apenas a sua rentabilidade, sendo fundamental também que esteja alinhando com o que deseja alcançar. Sabendo disso, identificar quais seus objetivos e prazos é essencial. Com isso em mente ficará mais fácil definir quais investimentos fazem mais sentido.

Geralmente o seu perfil de investidor tende a considerar mais a sua disposição de correr riscos do que a sua capacidade e é essencial saber que a sua capacidade de correr riscos sempre deve vir primeiro. Isso reforça o fato de que o que deve sempre direcionar primeiro os seus investimentos são os seus objetivos! Ou seja, se você tem planos de utilizar o seu dinheiro no curto prazo, você não deve expor a sua carteira a ativos muito voláteis, mesmo que seu perfil seja agressivo. Ao fazer isso você se coloca numa situação em que talvez não tenha opção a não ser resgatar valores alocados em ativos que estão em queda, mas com previsão de recuperação.

Quais fatores afetam seus investimentos?

Quando falamos em investimentos costuma vir uma pergunta em mente “Qual será o risco de colocar meu dinheiro aqui?” e por isso precisamos saber quais fatores afetam a carteira de investimentos.

Ao procurar onde investir o nosso dinheiro, devemos sempre avaliar os riscos dos investimentos que iremos fazer. As pessoas costumam pensar apenas em 2 tipos de risco neste momento: o de crédito, que está relacionado à probabilidade de perder todo o valor, e o de mercado, que está relacionado à volatidade deste ativo. No entanto, existem outros tipos de riscos que muitas vezes as pessoas não estão atentas, como o risco de liquidez e o risco sistêmico.

O risco de liquidez é o risco de precisarmos do valor e ele não estar disponível. Um bom exemplo deste risco seria comprar uma casa com praticamente todo o valor que possui, ficar sem reserva e ter um imprevisto logo em seguida. Não é que você não tenha dinheiro ou que ele esteja em um ativo que não está em um bom momento para resgatar: ele pode estar lá, inclusive valorizado, e você simplesmente não pode fazer nada com ele.

O risco sistêmico se refere ao colapso do mercado como um todo, em que praticamente todos os ativos são afetados. Ao diversificar a sua carteira, você deve estar sempre preparado para um eventual risco sistêmico e mitigar as suas consequências caso isso aconteça. Uma opção aqui é ter por exemplo não apenas uma diversificação internacional buscando balancear uma possível queda da bolsa, mas ter valores diretamente aplicados no exterior. Dessa forma, mesmo que haja um colapso total do mercado, você está de certa forma protegido. Uma outra classe de ativos que está sendo muito utilizada como forma de proteção contra este tipo de risco é a de criptomoedas.

Como acompanhar e garantir que seus investimentos estão alinhados com seus objetivos?

Entenda primeiro para quando você deve precisar do valor que será investido. Após isso, priorize sempre ativos com pouca variação e boa liquidez para objetivos de curto prazo e se exponha um pouco mais a ativos voláteis para objetivos de médio ou longo prazo. Ativos voláteis tendem a trazer um maior potencial de retorno em troca desta oscilação. Quando falamos de ativos de pouca variação e boa liquidez estamos falando de renda fixa pós-fixada ou pré-fixada com prazos curtos, dentro dos prazos dos objetivos que possui.

Já para investimos de médio e longo prazo, priorize ativos como fundos imobiliários e ações, brasileiras e internacionais, que devem trazer um maior retorno no longo prazo. No entanto, procure sempre ter renda fixa na sua carteira, seja para reservas de oportunidade ou para aproveitar momentos de alta de juros.

Qual periodicidade deve acompanhar os seus investimentos?

Não é recomendado ficar olhando os seus investimentos todos os dias. Com as mudanças que a renda variável sofre, monitorar suas ações diariamente vai gerar ansiedade e aumentar a probabilidade de você tomar decisões equivocadas.

Recomendamos que você tenha uma proporção de ativos inicial e reinvista mensalmente em busca desses números iniciais.  Isso fará com que você compre mais ativos em baixa e evite comprar ativos em alta. Além disso, avalie semestralmente ou anualmente a sua carteira de forma mais criteriosa, verificando se os ativos estão entregando o resultado esperado ou se você deve fazer uma alteração na proporção da carteira.

Qual melhor maneira de fazê-lo?

O que conseguimos notar ao analisar as diversas carteiras que já reavaliamos de nossos clientes é que as pessoas conseguem selecionar sim bons ativos para aplicar. É comum encontrarmos boas carteiras no curto prazo, pois foram montadas muitas vezes com auxílio de análises de casas de research independentes. No entanto, ao avaliar carteiras que foram montadas há mais de 1 ano nós começamos a notar uma grande queda no resultado. Isso ocorre porque as pessoas não têm a mesma dedicação no acompanhamento da sua carteira como quando estão montando a mesma. Além disso, vieses comportamentais tendem a ter um impacto cada vez maior conforme o tempo passa, influenciando diretamente nos movimentos que a carteira tem e resultando em cada vez mais perda no médio e longo prazo.

Com o auxílio de um planejador financeiro você não só terá uma estratégia de investimentos alinhada a seus objetivos, mas também preparada para diversos momentos do mercado. Além disso, com o acompanhamento do nosso serviço de consultoria financeira ou consultoria de investimentos você terá certeza de que todas as adaptações estão sendo feitas não só nos momentos corretos, mas da forma correta e sem influência de vieses comportamentais.

Não tem tempo de acompanhar os seus investimentos?

Pessoas com muita demanda de trabalho, como médicos por exemplo, podem não ter tempo para analisar e decidir qual ativo escolher, além de acompanhar após a escolha. Contratar um especialista nesta área não só irá fazer com que tenha uma gestão mais profissional e provavelmente mais eficiente, como irá também proporcionar mais tempo para que consiga ganhar mais dinheiro ou até mesmo ter mais descanso e tranquilidade.

Além disso, procure fazer uma conta básica de quanto tempo se gasta para fazer esse trabalho de escolha e acompanhamento de investimentos e avalie o custo da sua própria gestão, provavelmente é mais alto do que imagina.

Conclusão

Ao escolher qual investimento realizar, vários aspectos devem ser considerados. Comece definindo quais são os seus objetivos e qual o seu perfil de investidor, dessa forma você irá decidir qual a sua capacidade e a sua disposição de correr riscos. Avalie então os riscos que as pessoas costumam esquecer, como o risco de liquidez e o risco sistêmico. Com essas informações com certeza terá muito mais clareza na hora da escolha dos ativos. Comece pela sua reserva de emergência, invista com os prazos dos seus objetivos em mente, tenha uma reserva de oportunidades e procure manter uma parte da sua carteira no exterior.

Pode-se perceber que é uma tarefa que requer dedicação, estudo e precisa ser acompanhada de perto. A boa notícia é que tudo isso pode ser feito com o Grupo Capital e com total alinhamento de interesses. Aqui você conta com uma equipe de especialistas para resolver tudo o que precisa sem sair de casa ou perder tempo, com o maior hub de soluções financeiras do mercado, iremos escolher o melhor para o seu caso de maneira totalmente personalizada e sem conflito de interesses.

Insights

  1. A vida nos investimentos não tem de ser custosa ou difícil, faça do acompanhamento, um momento em que você consegue enxergar que está cada vez mais perto de seus objetivos. Associe acompanhar os investimentos com um hábito positivo que você já tem, assim esse momento se torna ainda mais prazeroso;
  2. Ao longo do texto falamos sobre os riscos dos investimentos. É importante destacar que o risco não está em investir em um ativo que tenha variações e, sim, investir em algo que você não conhece como funciona. Por isso a importância de ter um especialista ao seu lado para explicar sobre cada um dos seus investimentos e que consiga direcionar em caso de tomar uma nova rota.
  3. Se você tem pouco tempo para se dedicar as finanças é interessante, então, tornar mais fácil esse processo. Uma opção é automatizar os seus investimentos. Conhecendo seus objetivos e o valor de aporte necessário, deixe o processo de transferência para corretora automático, definindo uma data para todo mês esse dinheiro ser enviado.

Mariana Vantine – Planejadora Financeira
Rodrigo Ribeiro – COO Chief Operating Officer
Cauê Valença – Mentor de Customer Success